Conhecido também pelos seus apelidos, El ‘14’, El Canterano e Guti Haz (nome que utilizou em sua camisa nos últimos anos, deixando para trás o Guti H.), o meia-volante chegou ao Real Madrid com 9 anos e encantou o time de base madridista. Na temporada 1995/1996, chegou ao Real Madrid B, onde ficou menos de um ano, pois fora promovido.
Estreou no time principal no final do ano de 1995, graças a Jorge Valdano, numa partida em que o Real Madrid venceu o Sevilla por 4 a 1. Nos primeiros anos, não teve muitos minutos, visto que havia outros jogadores mais experientes em sua posição. Mas a sua situação mudou com a chegada de Vicente del Bosque, no fim dos anos 90. Guti começou a ser importante e ter um papel destacado na equipe. Com trabalhos físicos, ganhou músculos e com sua qualidade técnica, foi ganhando espaço e tendo os seus minutos.
Ainda em 1999, foi convocado para a seleção espanhola e jogou contra a Croácia, numa partida em que os espanhóis venceram por 3 a 1. A sua qualidade era visível. Uma técnica muito boa. O seu ponto negativo era o temperamento. Com pouca cabeça, não soube manter uma linha. Isto gerou amor e ódio ao longo dos anos. Mas estava lá.
Na temporada 2000/2001, Guti teve de jogar mais avançado, como um atacante, pois Morientes havia se lesionado. Resultado: Marcou 14 gols na temporada, o que ajudou o Real Madrid a conquistar o 28° título da La Liga. Na mesma temporada, entrou em uma confusão no estádio El Madrigal, ao responder insultos. Desde então, sempre foi provocado ao voltar a este estádio. Naquela ocasião, o Real Madrid o multou por indisciplina.
Com o passar dos anos, sempre teve os seus minutos, mas não foi titular absoluto. Com a vinda de outros treinadores, procurava o seu espaço e fazia o seu jogo. Independente do tempo em campo fez parte de todos os títulos do Real Madrid desde que chegou. Mas com a chegada do técnico Bernd Schuster, foi titular e peça chave na equipe. Na temporada 2007/2008, tornou-se o jogador com mais assistências na La Liga: 14.
14 era o seu número. Vestia a camisa número 14 blanca e fez história com ela. Um rebelde genial. Possuía uma técnica digna de poucos craques do futebol mundial. Continuando com o seu número, no dia 14 de setembro de 2008, Guti marcou contra o Numancia o gol número 5000 do Real Madrid na La Liga. Deixou mais uma marca importante.
Foi uma espécie de maestro no conjunto blanco, um segundo maestro, só atrás de Zidane. Mas ao contrário do francês, continuou tendo problemas de comportamento, o que freou um pouco a sua carreira. Poderia ter sido um gigante se tivesse tido cabeça e equilíbrio. Mas mesmo assim conquistou a torcida (boa parte dela) e foi respeitado em Madrid. Porém, Madrid não era mais o seu lugar. Quis mudar de ares. E anunciou a sua retirada na temporada 2009/2010, faltando ainda um ano de contrato.
Guti tinha um sonho: Viver na Turquia e andar de moto. Seguiu este sonho, deixando saudades na equipe que defendeu desde que era um garoto. Aquele rebelde genial cresceu e escondeu debaixo das tatuagens um menino bom, que não sabia como agir diante dos acontecimentos. Muitos o consideram um gênio incompreendido.
Em sua última partida no Bernabéu, a torcida o aplaudiu de pé. O Real Madrid havia vencido o Bilbao por 5 a 1. Guti jogou a partida inteira. Terminou como um titular absoluto. E com a faixa de capitão no braço. Despediu-se após jogar 385 partidas na La Liga e marcar 46 gols. No minuto 88 da partida, a torcida começou a cantar “Guti, ale! Guti, ale!”. Quando o árbitro apitou o fim, Guti foi até o meio de campo e devolveu o carinho aplaudindo a sua torcida. Poucos minutos depois, voltou e entregou a sua camisa para a torcida.
Guti conquistou com o Real Madrid, em 14 temporadas, os seguintes títulos: 5 Campeonatos Espanhóis (1996/97, 2000/01, 2002/03, 2006/07 e 2007/08); 4 Supercopas da Espanha (1997, 2001, 2003 e 2008); 3 UEFA Champions League (1997/98, 1999/00 e 2001/02); 1 Supercopa da Europa (2002); 2 Mundiais Interclubes/Copa Intercontinental (1998 e 2002). Marcou 72 gols com a camisa blanca e foi capitão em dezenas de ocasiões.
E para terminar, ainda conquistou títulos com a seleção espanhola, onde não teve o merecido destaque, sendo esquecido e deixado de lado com o passar dos anos. Mas no tempo em que jogou, marcou 3 gols e teve o seu mérito com a fúria espanhola. Conquistou 1 Europeu sub 18 (em 1995) e 1 Europeu sub 21 (em 1998). Só faltou uma Copa do Mundo.
Vídeo especial sobre Guti com passes e assistências geniais.
Vídeo homenagem de despedida deste craque.
Leia e comente a coluna especial: Guti e as tacadas de gênio.
O seu novo caminho antes de se aposentar é o Besiktas. Guti jogará em uma liga estrangeira por duas temporadas e receberá 3 milhões de euros por cada uma delas. E se depender da torcida turca, Guti se sentirá como em casa. Logo em sua chegada ao aeroporto de Istambul, centenas de pessoas o receberam como herói. Dois dias depois, em sua apresentação no estádio do Besiktas, mais festa para o novo '14'; Confira aqui.
Agradeço ao Guti pelos títulos mas não é ídolo, para mim, sempre foi paneleiro, prejudicou muito o time com isso e também não é craque.
ResponderExcluirCraque ele é sim, sem dúvidas. A questão é que ele não teve cabeça e isso ferrou tudo.
ResponderExcluirEsse Renyer fala merda viu!
ResponderExcluirSó quem fala isso, é quem não viu ele jogar .
Porque o cara é o cara! Gutierrez ! Hala Madrid!
O importanre não é se ele ferrou o time ou o prejudicou. O importante é que ele ganhou titulos, ajudou o Real.
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