Faz 16 anos, mas parece que foi ontem. Raúl González Blanco estreou na máxima competição européia no dia 13 de setembro de 1995 e cumpriu o seu dever, com bravura, no dia 4 de maio de 2011. Chegou com a camisa do Real Madrid e saiu com a do Schalke 04. Uma vida no torneio onde é rei, a UEFA Champions League.
Disputou 144 partidas (132 com o Real Madrid e 12 com o Schalke), tornando-se o jogador que mais vezes atuou na competição em toda a história.
Marcou 71 gols (66 com o Real Madrid e 5 com o Schalke), tornando-se o maior artilheiro da história da competição em toda a história.
Conquistou 3 títulos, todos com o Real Madrid, marcando gols em duas destas finais (contra o Valencia - 2000 - e contra o Bayern Leverkusen - 2002).
Sua despedida foi no Old Trafford (o “teatro dos sonhos”), onde marcou 2 gols ao longo da carreira. Ambos os tentos foram nas quartas de final da temporada 1999/2000: no Bernabéu, empate sem gols; no estádio do Manchester, Raúl marcou dois dos três gols do time merengue (2-3) e deu a classificação aos espanhóis.
Um destes gols é considerado até hoje um dos mais bonitos da história do Real Madrid. Aquele em que Fernando Redondo, com um taconazo, serviu Raúl dentro da área e o artilheiro completou para o fundo das redes.
Na temporada 2002/2003, Real Madrid e Manchester voltaram a se cruzar. Raúl, mais uma vez, marcou dois em uma mesma partida. Desta vez, um doblete no Santiago Bernabéu (vitória por 3 a 1), o que permitiu aos madridistas viajarem à Inglaterra com certa tranqüilidade.
O destino, porém, não quis que Raúl voltasse ao palco do United (não ainda). Uma apendicite o tirou do jogo, aquele marcado pelo ‘hat-trick’ de Ronaldo Nazário pelo golaço de falta marcado por David Beckham (na época, dos red devils).
Na temporada 2010/2011, Raúl retornou ao Old Trafford. Desta vez, para sua despedida, nas semifinais da competição. A situação de sua equipe, no entanto, não era boa: o Schalke havia perdido na Alemanha por 2 a 0 e precisava de um milagre.
O Manchester, favorito, venceu por 4 a 1 e garantiu a vaga à final. Mesmo assim, Raúl se destacou: correu durante todo o jogo, chamou o time, cobrou escanteios com rapidez, cobrou faltas e mostrou aquela garra e vontade que o difere dos outros.
Não marcou gol, mas ao apito do juiz, deu orgulho dos seus últimos minutos. Trocou de camisa com Giggs, enquanto ficou no gramado e recebeu calorosos aplausos de todos os torcedores presentes no estádio. A própria torcida do Manchester aplaudiu o lendário jogador, mostrando respeito a um ícone do futebol, que encerrava ali o seu ciclo no torneio europeu; em seus olhos, emoção.
A torcida do Schalke 04 estava feliz. Gritou e comemorou durante todo o jogo. E não podia ser diferente, afinal, havia chegado às semifinais da Champions pela primeira vez na história. Raúl fez parte disso. Fez parte deste momento tão marcante.
Como um líder, fez o que muitos achavam impossível: levar o Schalke à semifinal. E o fez com aquela mesma bravura da juventude, encerrando sua vida na UEFA Champions League. Uma linda história, que será contada pelas próximas gerações.
Para sempre Raúl.
Grande Raul !
ResponderExcluirenorme história na uefa, mas merecia mais
ResponderExcluirficou muito tempo parado nas oitavas com o real
poderia ter marcado mais um monte de gols e ganhado no minimo mais um titulo
de qualquer forma, é um jogador enorme
Parabens lembro muito dele jogando no Real Madrid.COncerteza ele é um "Trunfo" para qualquer club do Mundo!!! Parabens NOvamente!
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